Inácio de Antioquia, o bispo da Síria, nasceu por volta do ano 68, e morreu martirizado em Roma, em torno do ano 107.An
Inácio foi o segundo bispo de Antioquia.
Em primeiro lugar um bispo de profunda fé, exortou exaustivamente as igrejas da Ásia para se unirem em fé e doutrina, na esperança de que as heresias que rondavam as comunidades cristãs a cerca de cristo não contaminassem os assim denominados por ele de “Cristãos”.
Série Patrística: As Cartas de Inácio de Antioquia, são de extrema importância, juntamente com outros pais apostólicos, para a compreensão dessa época que se faz de reflexo dos apóstolos, visto que seus conselhos eram uma bagagem herdada por intermédio de João, o apóstolo, do qual também Policarpo teve contato.
O martírio de Inácio de Antioquia
Inácio foi preso por ordem do imperador romano Trajano, e condenado ao martírio no coliseu, lançado aos leões.
Durante seu trajeto à Roma, onde seria sacrificado, Inácio pôde se encontrar com diversos bispos de diversas igrejas da Ásia, e isto lhes renderam as seis cartas de Inácio as igrejas.
De fato, Inácio redigiu sete cartas, uma delas endereçada ao Bispo de Esmirna, Policarpo, que mais tarde seria também martirizado, lançado ao fogo. Esse Estimado bispo escreveu seis cartas endereçadas respectivamente às igrejas da Trália, Filadelfia, Roma, Magnésia, Efésios e Esmirna, e como dito, uma enviada à Policarpo.
A evidências de sua mensagem de fé
A mensagem que toma conta de suas cartas, sem dúvida é a unidade na fé. Inácio exorta a todo instante que os cristãos sejam unanimes na fé, aconselhando-lhes a extrema obediência a seus bispos, que segundo ele, representavam a vontade de Deus na terra.
Cada carta de Inácio apresenta ao menos uma importante informação sobre esse passado cristão.
Na carta que Inácio escreve a Policarpo, ele alerta sobre a necessidade das comunidades perseverarem unidas e nas reuniões, destinadas ao louvor à Deus, como segue:
“As reuniões sejam frequentes; procura a todos, um por um”.
A Palavra Cristãos aparecendo em suas cartas
Outro detalhe que nos chama atenção nesta carta é a palavra “Cristão”.
Que fazendo juz ao descrito em Atos 11:26, onde se lê que justamente nesse local, os discípulos foram chamados pela primeira vez de cristãos.
Mas nenhuma outra expressão desta carta é tão confessional quanto ao caráter que Inácio, sobre a tutela da igreja, destina a Cristo.
Quando no final do último capítulo confessa Jesus como Deus, vejamos:
“…passeis bem para sempre em nosso Deus Jesus Cristo, no qual haveis de permanecer na união com Deus e o bispo…”
Inácio reflete o que havia de comum e cotidiano nessa primitiva comunidade cristã.
A carta a Policarpo de Esmirna
Sobre a carta destinada a Policarpo, o que foi dito satisfaz muitas dúvidas decorrentes das intempéries abrasadas sobre o cristianismo.
Mas ainda mais surpreendentes são as seis cartas às comunidades de então.De fato, é notável a preocupação de Inácio sobre a unidade da igreja, observada em todas as suas cartas, é um discurso presente.
Do mesmo modo, na carta aos Tralianos, não é diferente, Inácio faz as mesmas recomendações rotineiras, mas algo que se repete. Como na carta à Policarpo, é a divindade de Cristo expressa por ele.
Como destacado:
“Fa-lo-eis, se não vos orgulhardes e não vos separardes de Jesus Cristo Deus, nem do bispo nem das prescrições dos apóstolos”.
Jesus como Deus – Nas Cartas de Inácio
A menção de Jesus como Deus, aparece em quatro, das sete cartas de Inácio. Uma vez na Carta à Policarpo, Capítulo VIII, Tralianos VII,Efésios VIII e por fim, na carta aos Romanos.
Inácio cita as mesmas convicções de Jesus Deus na Introdução da carta.
Dessa forma, fica clara a corroboração dada por João no seu evangelho, quando afirma que “…O Verbo ESTAVA com Deus, o verbo ERA Deus…”.
Outras pontualidades são de extrema importância para o pensamento dessas comunidades, tal como a palavra Cristão. Ela aparece pelo menos seis vezes respectivamente nas cartas à Policarpo VII, Filadélfia IV, Romanos III e por fim, carta aos Magnésios IV e X.
Concluímos que, as Epístolas de Inácio de Antioquia são um tesouro para nossos dias.
Por fim, as obras de Inácio explicitam não só os fundamentos cristãos desse início do Século II. Mas também evidencia a nobreza de espírito do “Apóstolo”.
Ela demonstra extremo zelo pela igreja e apesar de sua perspicaz participação nessas comunidades primitivas.
Ressaltava sua humildade diante da grandeza e dos mistérios que o próprio Jesus o revelaria na consumação de sua jornada terrena.
No seu martírio, como ele dizia, na perfeição de Jesus Cristo.
Série Patrística: As Cartas de Inácio de Antioquia
Fonte bibliográfica: Veritatis
bom mesmo
realmente um tesouro, e um testemunho autentico a cerca da Deidade de Jesus.
Amém! Feliz que gostou!